Assinala-se este sábado [21.01.2023] o Dia Mundial da Religião. A data foi criada em 1949, numa Assembleia Espiritual, por Bahá’u’lláh, árabe nascido no actual Irão.
O objectivo era ver todas as religiões do mundo unidas (ecumenismo) para uma convivência pacífica, não obstante os dogmas e crenças diferenciadas, pois percebeu que “a existência da religião deve unir e não separar os homens”.
Dado que o conceito primitivo de religião sugere reunião do ser humano com o sagrado, reza a história que as primeiras surgiram ainda na pré-história (budismo, o hinduísmo, o xintoísmo e o confucionismo). Até hoje, parte delas considera a existência de deuses. Outra parte, igualmente antigas, pendem para o monoteísmo (judaísmo, o cristianismo e o islamismo).
Apesar da ideia original, as religiões acabaram por se dividir em correntes teológicas diferentes. Por exemplo, o Judaísmo nasceu na antiga Palestina. Entretanto, manteve a crença nos Profetas, professando a doutrina contida na Bíblia; o Cristianismo, instituído depois da morte de Jesus, dividiu-se em três vertentes principais: os católicos, os ortodoxos e os protestantes; o Islamismo, a religião dos muçulmanos, também se dividiu em correntes com crenças radicalmente contrárias.
Em Angola, a religião tem assumido um papel fundamental no processo de moralização, tendo consagração constitucional face à necessidade de salvaguarda da liberdade religiosa. Por isso, a liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável e garantida a todos em conformidade com a Carta Magna, a Declaração Universal dos Direitos do Homem e lei ordinária.
O Estado angolano é laico. Em todo o território nacional, nenhuma Igreja ou comunidade é discriminada em relação às outras. Como factor de regulação, o país conta com o Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos (INAR) criado para conceber e implementar a política estratégica do Estado, em relação à liberdade de religião, consciência, crença, culto e o estudo científico do fenómeno religioso no país, sendo que a política de funcionamento e organização das igrejas é definida pelo Governo.